10/07/2009

Entrei no circo em chamas; sabendo
Dediquei-me a tantas proezas
E o público vaiou
Camuflo-me sem valor
"Todos têm, todos têm,
suas próprias razões..."

Engoli espadas
Beijei a mulher barbada
Andei na corda bamba
Fiz malabarismo com muitos pinos...
O público vaiou

Senti na pele a arrogância
Ingratidão
Egoísmo, o velho egoísmo...
Tantas vezes!
Até aonde eu consigo chegar?
Suportar!

Tomates na arte
Apagam a luz, conseguem
Está tudo aqui dentro
Estou fora de mim, não sinto assim
Aquela caixa miúda,
Contorcionismo
Estouro! Sou muito maior

Motos em jaulas
Banda e trompetista
Fui o homem-bala
Cuspidor de fogo
Tenda dos horrores

Não, não domei leões
O público vaiou

O circo pegava fogo, sempre soube
Não tenho vocação para ser palhaço.

6 Comments:

Blogger Déa said...

Você demora para publicar o que escreve mas, quando o faz, é certeiro. Compartilho com você essa não-vocação.
Um beijo.

(Passarei a comentar "logada", para que não apareçam outras de mim... rs)

domingo, 12 julho, 2009  
Anonymous Anônimo said...

Ele Voltou
Vai, volta e toca, sempre...

domingo, 12 julho, 2009  
Anonymous Anônimo said...

Muito maior.

I. Boechat

segunda-feira, 13 julho, 2009  
Anonymous Anônimo said...

Há circos bem bonitos por aqui...

sábado, 18 julho, 2009  
Anonymous Anônimo said...

...

segunda-feira, 20 julho, 2009  
Anonymous Anônimo said...

The past is a strange place.

terça-feira, 04 agosto, 2009  

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