22/07/2008

Filiforme

Sopra o vento forte
Arde o ralado quase cicatrizado
Despe o desespero óbvio
Enquanto sorri pra mim
Monstruosa seria a surpresa
Abro o olhar verde
E aquele cheio de luz

Odeio a humanidade
Fato necessitar do próximo
Usufruir
Ninguém é bonzinho

Recolho o lixo ainda deixado
Reconstruindo um novo
Cortando a garganta da farsa
Escorre já pútrido as inverdades
Súbito cegar
Clareia o ego esquecido

Nem as mais espessas luvas conseguem mais tocar
Dignidade ensacada
Valores com três pedras de gelo
E trago a sua individualidade
Cheiro de flores e felicidade
Esperança
Amor

7 Comments:

Anonymous Anônimo said...

O que lhe importa é o exterior, a superfície visível. Você prefere mostrar pouco, e deixar entrever muito, como com os icebergs. A parte escondida, mesmo que não seja vista, existe, está implícita, potencialmente ameaçadora, eventualmente perigosa.

quarta-feira, 23 julho, 2008  
Anonymous Anônimo said...

"In dog we trust"

quarta-feira, 23 julho, 2008  
Anonymous Anônimo said...

De maneira um pouco provocativa, se poderia dizer que tudo é autobiográfico no seu blog, mas não necessariamente na ordem dos eventos reais, e não apenas no registro, mas também, e igualmente, no registro do sonho, da poesia e da literatura.

quinta-feira, 24 julho, 2008  
Anonymous Anônimo said...

"silêncio, exílio, astúcia"

sexta-feira, 25 julho, 2008  
Anonymous Anônimo said...

Felicidade, de verdade, é não depender do outro. Quem consegue?
Um beijo!

sexta-feira, 25 julho, 2008  
Anonymous Anônimo said...

Os assassinos também morrem...

sábado, 26 julho, 2008  
Anonymous Anônimo said...

Intensamente elegíaca.

segunda-feira, 28 julho, 2008  

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