26/12/2005

Mamíferos bestiais

Pendente, tarda à chegada
De bravura
Vivem os heróis.
Alucinados, os soluços
Calam-se espantosamente...
Não havendo mais terremotos
Anseia tu que fora breve
Escolhendo tua solidão
Aliado seria matuto
Benevolente cura esperançosa,
Tão esperada...
E do lado Oeste
O silêncio aguarda indócil!
Ecoavam os gritos
Reverberação inútil
E do escuro,
Alvos fáceis...
Esquivam-se involuntariamente
Com a esperança de alcançar.

Desfeito

Desnuda verdade
Permuta.
Desfaz o elo reluzente
Prometido ante divindade
Valiosa prece equivocada
Desmascarada por seu próprio dono
Verdade inútil
Contra a força vulnerável
Despreparada...
Encontra agora em ti
Um ponto faiscante de luz!
Explode...Catástrofe natural.
Deslocando, regresso a fúria
Regride...Não sublime
Pedaços espalhados na casa
E lá no fundo...ninguém!

22/12/2005

O fim!

Lá debaixo
Olhando para cima
Parecia plano
Conduziamos ao equilíbrio
E...
Declínio
Desconcertante
Até a próxima vez!

Compatível
Absoluto
Deslumbrante

Remediável seria
Houve a segunda chance
E não foi.

Lá debaixo
Para sempre
Olhando para cima
De concreto
Dissipou-se
Implodindo as idéias
Derretendo a máscara
Conturbante

Contactando...
Póstero...
Ânsia...
Reflito
Intolerância

12/12/2005

INCAntamento (fato)

André Luiz e sua cadeira-de-roda
A careca reluzia
Cheiro de éter
Doce juventude

Mal sabia os males que causava
Mal sabia os males que o atormentava
Pra lá e pra cá
Sua cadeira o transportava
Mas só um pouquinho
Por só ter um pouquinho
Sopro de vida

E todo assim o deixam
E todos o queriam
E todos não o querem assim
E só quer a todos
Em meados de lucidez

Os dedos sinalizam sem sentido
Brinca...
Pelo ar!
Onde não quer estar
Vagando como as sombras
Inútil...Faz se presente
Todos conscientes

Disseram-me
Disseram-me
Pobre André Luiz
Disse
Pobre de nós
Que não sente o que sente
Alegria!
Que não sente o que sente
Doce juventude
Ah...André Luiz!

Efemérides

Astro rei,
Holofote
Madame espelho,
São Jorge
Oh! imensidão azul
Marias, guiam-me pela noite
Oh! Marítimo celeste
Não lhe vejo!

Ilumina-me
Através das tempestuosas nuvens
Corta-lhes
Poder violeta
Encanta o dia!

Robusta fêmea prata,
Espelha meu reflexo
Prospera a noite
Que ainda virá
Traduz teu mito
Minha verdadeira natureza.

Meu lago transformado em sal
Reflete tua face
Cortada pela minha própria sombra

Acorda ele
Alvorece
Ilumina o futuro
Que chega breve

...

Aperta logo
Sara
Passa
Espero
Sempre.
Desespero
E o que virá?

Logo...
Aventura
Necessidade
Preocupação
Liberdade
Até quando vai durar?

Logo...
Chega nunca
Contradigo
Confuso
Perdido
Exposto
Carente

Logo...
Jogam pedras
Explico
Suplico
Improviso

Logo...
Não tem fim!

Busca

De longe
Reconheço
Quanto tempo
Perdi a conta
Corro
Aproximo-me!
Não consigo alcançar
Corro
Tento
Não consigo alcançar-me

Eu mesmo
Dentro de mim
Tento tocar
Corro
Depressa
Tento!
Não consigo alcançar
Não consigo tocar
Depressa
De repente
Chega.
E não termina
Corro
Tento
Alcanço!
Olha-me nos olhos
E vejo-me
Não sou eu
Não é você
Corro
Corro
Corro
Não adianta tentar

Espelho

Procuro nos outros, a mim
De vez em vez
Não encontro
Dano
Pronto...
Pranto!
Quando há,
Cessa
Puro disfarce
Isso fazem muito bem...
Nunca visto o meu
Pena!
De velho apodreceu
Morreu.
Como era mais fácil!
Pena!

Desisto...
Descalço
Brilho no olhar,
Aproximam-se...
Azul, amarelo, gigantes,
Atleta, dançarino, protestantes
E eu não vejo
Eu

Desisto...
Sem dever
Conforto-me
Procuro a mim, nos outros

06/12/2005

Duelo de Titãs

Se escrevo para postar,
Não posto.
Então, escrevo postando
Não deleto!
Postado está
Nada de efeito
Quando...pura sorte

O pensamento acrobático flue
E num triple twist
Passa direto...garganta fechada
E ignora...já passou
Como resposta
Aos insultos cardíacos
Presunçoso coração...forte
Potência...ligada a alma
Continua descendo e...
Mergulha, perfura
E aguarda o próximo pulsar
Todos os dias são iguais
Entre nós, que pensamos...
E sentimos...
O mesmo!

05/12/2005

Casual

Pura imagem santa
Doce água cristalina
Nada dentro
E eu cheio de vida
Cai no buraco
Sentimento
Havia nervos e sentiam-me
Eu e eu
Vivos!
Sempre apostos
Opostos
Brigas
Cheio de vida
Olharam pra trás
e disseram já volto!

04/12/2005

Eu!

Caminho, vago, vivo
Respiro, às vezes só.
Tão leve...
E às vezes não é nada
Nem vivo estou...
Só olhando
Acho que penso demais...
Inspiro minha alma
Por assim dizer...
Vago,
Vivo,
Vejo,
Respiro,
Amo!
Acho que amo demais
Acho!
Tudo o que há
E de nada resta
Senão o que resta
E não resta
Ando,
vago,
vivo,
Respiro,
Amor!

Nascimento

Brota a pele branca
Dourados pelos
Inocência
Pura beleza imatura
Acorda de teu sonho
Olhe você mesmo
Que a vida é feita pra sorrir

A noite chega cedo
Não dá tempo pra pensar
E não pense!
Não será fácil
Oh! Dias tempestuosos
Guarda-te sob a sombra
de teus pensamentos
E não pense!
Que volte a sorrir...
Que chore,
E chore...
Que em plena alegria
Cante
E aprenda a voar
E voe!

Parabéns, ele é normal!

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