"O Dia D"

“Os Editores” gritam ecoando lembranças
“A Cura” está longe de ser descoberta
“Os Silva” servirão de presente a entes queridos
Alberta não mora aqui ao lado
E a Dona Mariana partiu dizendo “não sei”

Eu sei,
Tem sido um dia ruim
Mas podem tirar uma foto
Quem corria viu
Quem pedalava, sempre para frente, também viu
A Lagoa, os cisnes...
Podem tirar uma foto!
“Os ventos do norte não movem moinhos”
Tem sido um dia ruim...

Iguarias com milho
Ovos, queijo e ketchup
Minha pedrinha...
Escapou como areia fina entre meus dedos
Eu sei,
“Este é o fim do mundo”
Só não me sinto bem.
“Esta é para você”

Volante sentido volátil voraz
Despenca o penhasco
Armadura espessa
Subitamente entrego a chave
Invadem
Colhem os frutos
O bisturi corta de ponta a ponta
Exposto, reviram tudo
De ponta cabeça
Acordo morto, aberto;
Feliz!

Ah! Felicidade!
Suporto o peso das verdades
Expostas, e não reviradas
Esmiuçadas

“Gostaria de ser um hipopótamo
Absorvendo toda a água fétida
Exalando um cheirinho de criança pelo quarto”
Feliz!

Pensamentos soltos
Um apanhado...
Nem sempre somos assim tão tolos
A intensidade é impar
De fato nada existe
Um apanhado...
Estamos tão condicionados.
Par é coisa criada, por assim dizer,
Par é coisa a dois, intimidade...
Par, pára por aí!

Nem sempre somos apanhados
O outro, sim, é assim tão tolo.

Enquanto o enquanto é enquanto
Encontro o que perdido não achava
E não achei,
“Achismos”,
Acho!
Acharei?